Os EUA, a Rússia e, entre outros da recente onda nacionalista/conservadora, o Brasil, têm governos que são contra a prevalência de organismos internacionais sobre a soberania nacional – o tal fim do globalismo.
A China defende esses organismos internacionais, e mais: defende uma cooperação internacional em larga escala, como com seu projeto Belt and Road.
Os EUA e a Europa estão assistindo à sua decadência diante de uma China portentosa e imparável.
A Rússia vem trabalhando para desarticular OTAN, União Europeia e afundar os EUA. Com sucesso, haja vista seu papel no Brexit, na eleição de Trump e no posicionamento de Trump contra organismos internacionais, aí incluída a OTAN.
O plano da Rússia é o de instauração de uma Eurásia, de Vladivostok a Lisboa, nas palavras de Putin, em defesa da civilização cristã-sionista conservadora, nas palavras de Bannon.
O Plano da China é integrar o mundo para servir aos seus canais de comércio.
O Plano dos EUA muda a cada segundo, com sanções disparadas contra aliados, ex-aliados e inimigos; sem recursos para manter botas no chão e navios pelo mundo todo.
Nesse contexto, surge o coronavírus.
Cepa que surgiu na China e que a China soube conter, porque decide planejadamente e de cima para baixo.
O resto do mundo não decide assim: seus governos batem cabeça, a população quer, cada um, que a sua ideia de combate ao vírus prevaleça, essa coisa toda.
Pandemia foi prevista por várias vozes relevantes no cenário internacional, a não menos relevante tendo sido Bill Gates.
Agora, surgem vozes cobrando a China pela pandemia e a OMS, por não cobrar de Pequim a responsabilidade pela pandemia.
O recado estava dado? Quem não se preparou como governo errou? Alguma autoridade nacional de saúde não foi alertada para o risco? Quem está errado? De quem é a culpa?
Todas essas questões emperram a tomada de decisão necessária, enquanto a China segue firme para a recuperação de sua economia já no fim do segundo trimestre, e o mundo desaba para além da Grande Muralha.