A COPA É DO MUNDO!
Acabou a repressão. A festa está nas ruas. O mundo a trouxe de fora e o brasileiro foi lembrado de quem é e do que gosta.
A Copa é do Mundo. A apropriação dela pela FIFA e as consequências disso devem ser criticadas, sim. No entanto, não existe movimento global de congraçamento, movimento civilizatório mesmo, que chegue perto do que é a Copa, que é do Mundo.
Vou ver Equador x Suíça. Brasília está coalhada de estrangeiros. Vou ver a festa. O jogo pouco importa. Aprendi isso no voo que peguei segunda-feira (9.6) de Paris para Brasília. Gente do mundo todo no avião, vindo para a Copa que é, Vocês sabem, do Mundo. Atrás de mim, dois ingleses de origem indiana. Vinham para ver… Suíça x Equador.
Tenho direito a acompanhante, coisas de quem rola por aí numa nave espacial. Perguntei à turma do escritório quem queria ir. Diogo Karl é quem vai comigo.
Vamos com autorização para estacionamento especial no vidro do carro. Se me preocupo se vão vandalizar meu carro? Não. É só um carro.
Ninguém vai me reprimir, ninguém vai reprimir minha vontade de participar do maior congraçamento da humanidade.
E vai ser lindo ver uma multidão de suíços e uma multidão de equatorianos como protagonistas da mesma festa. Onde mais isto aconteceria? Onde dois países tão completamente diferentes em todos os sentidos estariam juntos para festejar?
E recebidos por uma multidão de brasileiros, com a participação de ingleses, paquistaneses, angolanos, alemães, italianos.
E com 3 bilhões de pessoas assistindo!
E, no meio disso tudo, num estádio lindo, na Brasília onde moro (e que, 7 anos atrás, exibia um estádio de paróquia), lá estarei eu. E o Diogo Karl.