Toda alma que cala e é covarde,
bem aquém do Aqueronte, como arde!
no primeiro dos círculos do inferno.
O braseiro – que brida quem tiver no
seu poder o dizer que chega o inverno –
ele queima a quem dói saber que ouviu –
por ouvir, mas fingir que não ouviu –
o gemido tão tétrico e sutil
de uma voz que se engasga ao perguntar:
o que queres do mundo, meu Brasil?