Notas sobre o Fim da Modernidade

Putin vai prevalecer. OTAN já recuou, deixou a Ucrânia na lama. Aliados dos EUA impuseram sanções econômicas e financeiras.

Resultado de tudo isso:

1) Dólar, Iene, Euro e Libra acabaram de abrir as portas para um sistema financeiro sem base nessas moedas.

2) Esse sistema pode ser um de dois:

a) Criptomoeda;

b) Outro sistema que una China, Rússia e seus aliados (Toda a Ásia com exceção de Japão e Coreia do Sul. Índia deixou Biden com o balde na mão na coletiva de hoje).

3) O fim do sistema financeiro mundial submetido ao dólar é também o fim da política externa de sanções controladas pelos EUA.

4) A OTAN sai desmoralizada por ter exposto a uma superpotência um interessado em aderir à Aliança.

5) Ganha tração a onda autoritária promovida pelo projeto Eurasiano, liderado por Putin em oposição ao Atlantismo (da OTAN): a OTAN nada tem a oferecer a seus aliados; a Rússia demonstrou não ter limites, mas a OTAN, sim.

6) O “Mundo Livre” deixa de existir como ideologia prevalente.

7) Os valores da Democracia e dos Direitos Humanos, originados na Modernidade, mal ou bem criados e defendidos por Europa e EUA, perdem sua tração e cedem espaço ao mundo multipolar defendido por Dugin/Putin.

8) Os nacionalismos tendem a ganhar força. Com isso, as disposições de direita e extrema-direita.

9) Os Estados-Nação tornam-se, a partir de agora, uma ficção frágil: Ou seu povo sustenta suas instituições por si mesmo, em seu território e sob o seu Direito, ou o ambiente externo de defesa da Democracia não terá forças para vir em seu socorro.

A invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022 é tão importante historicamente quanto a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos em 29 de maio de 1453.

A data de hoje pode ser inscrita como o fim da Idade Moderna.

ELEGIA AO CAMARADA TRUMPSKY

Trump é a materialização espetacular de uma esquecida Dialética da Natureza de Engels em sua eterna transformação.

Trump gerou uma nova qualidade de político mentiroso pela quantidade de mentiras que produz. Não é novidade político mentir. O novo é mentir tanto a ponto de deixar de ser político e transformar-se na própria mentira.

Ainda em Engels, Trump é uma negação desde criança. Cresceu e tornou-se a negação da negação. Nasceu cevada, tornou-se uma Devassa, uma cerveja de má qualidade, cujo nome é sinônimo de falta de pudor.

Trump é, por fim – e que seja seu fim – a consumação da lei materialista dialética da interpenetração dos contrários: era um capitalista que amava tanto o poder que acabou por destruir o império capitalista ao penetrá-lo como político.

Essa imagem publicada hoje pelo NYT mostra um discurso de campanha de Trump. Em vermelho, estão as mentiras que contou. Mentiu tanto que deixou de ser um capitalista mentiroso na política para tornar-se uma mentira na capital da política.

Foi posto na Casa Branca pelas mãos de um ex-comunista soviético, Putin; e deixará a Casa Branca entregando de mão-beijada o poder hegemônico global aos comunistas da China.

Donald, seo comunista de uma figa…

fonte: The New York Times